quarta-feira, 3 de novembro de 2010

É o fim de mais uma batalha

Por Mateus Martins


     A disputa foi intensa, dura, agressiva, pode-se dizer que foi uma verdadeira guerra. Essa foi a eleição mais difícil desde 1989. Dilma x Serra. Sobraram provocações, mentiras, difamações, ofensas, acusações e caras feias, e por isso, infelizmente, faltaram propostas, discussões, debate, cordialidade e respeito. O destaque da campanha ficou por conta dos marqueteiros. Já o resultado da eleição ficou por conta de Lula.
     Sendo assim, parabéns Lula. Exatamente, parabéns LULA! O presidente de 80% de aprovação conseguiu reverter isso na eleição de Dilma Rousseff. Assim, Dilma se torna a primeira presidenta do Brasil, detentora de cerca de 55,8 milhões de votos, é a sucessora de Lula. Uma verdadeira proeza do presidente conseguir eleger uma candidata desconhecida do povo.
     No entanto, não pretendo entrar no mérito dessa questão. Quero aqui ressaltar a força que a oposição conquistou nessa campanha. Mesmo com a alta aprovação do atual governo, mais de 44% do eleitorado optaram pela mudança, isso é sinal de que reconhecem que o Brasil tem muitos aspectos a melhorar e, também, não se acomodaram diante da discussão política. Pode-se dizer que a oposição contribuiu para a democracia e para a liberdade de expressão, de forma que soube criticar e apontar os erros desse governo, além de propor mudanças.
     É notório que o PV e o PSDB, encabeçados por Marina Silva e José Serra respectivamente, saíram mais fortes desse processo eleitoral, ganhando fôlego para voltar à disputa em 2014 com grandes chances de vitória. Não obstante, concluo que depois dessa eleição, torna-se mais possível uma vitória da oposição daqui quatro anos.
     Enfim, quero encerrar deixando uma menção àqueles que fizeram e devem continuar fazendo parte da oposição:
     A luta está só começando, cabe a nós, eleitores de Serra e/ou Marina, cobrarmos um governo satisfatório de Dilma Rousseff. Não baixemos a guarda, vamos ficar de olho para que cada palavra dita por ela, durante a campanha, se cumpra. Caso ela não tiver postura adequada, se contradiga ou não tomar decisões assertivas, unamos-nos para manifestar, não nos calemos. Juntos, somos muito. Porém, ressalto que é preciso paciência e respeito, pois Dilma não é mais apenas uma candidata, mas sim a nossa presidenta.
     Mais do que oposição, somos brasileiros. Não vamos jogar contra, vamos torcer pelo progresso do Brasil, mas sempre sabendo cobrar.