sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Debate político

Por Mateus Martins

     Recebi um email de um petista, falando absurdos. Resolvi respondê-lo de forma completa, esplanando todos os meus argumento. Decidi então publicar o artigo em resposta aqui no blog. Leiam. É longo, mas vale a pena.

     POSICIONAMENTO IDEOLÓGICO
     "(...) líderes religiosos estão (...) divulgando mentiras e calúnias contra a candidata Dilma Rousseff (...) reduzindo o debate político a meramente uma questão de posicionamentos religiosos, escondendo as diferenças entre os programas do PT e do PSDB" (dizia parte do texto que recebi)

     Já começou errado. Primeiramente, para os tais líderes, a ideologia religiosa de um candidato e/ou partido é questão fundamental. Eles acreditam que o posicionamento cristão sobre questões relevantes é questão chave no processo eleitoral, portanto, não estão reduzindo o debate político, no ponto de vista deles, e até devem sim usar da ideologia religiosa para diferenciar um partido e/ou candidato do outro.
     Além disso não trata-se de mentiras e calúnias, mas sim fatos concretos. É bom procurar saber a verdade:

     - Dilma diz que é favorável à discriminalização do aborto:

     - Dilma diz que duvida da existência de Deus:

     O problema maior não está no posicionamento da Dilma quanto essas questões, no meu ponto de vista, ela tem a liberdade de acreditar no que ela quiser. No entanto, ela muda as suas convicções em véspera de eleição, só para não perder votos. Acho isso inadimissível, para mim, isso está acima de uma simples incoerência da parte dela, acredito que isso que ela faz, de mudar de posição sobre diversos assuntos, é falsidade e enganação para com o eleitor. Dilma, tá querendo fazer quem de bobo? A mim, não engana.
     Para vocês terem uma noção da dimensão da falsidade de Dilma, ela que duvidava da existência de Deus, tornou-se, na campanha, devota de Nossa Senhora Aparecida. Dá pra acreditar? Absurdo.
     Aqui, mais um vídeo com alguma de suas incoerências:

    Tomem cuidado, não se deixem enganar. No horário eleitoral ela se faz de santa e boa moça, mas os próprios petistas próximos a ela dizem que ela tem personalidade forte e que é difícil apresentar uma ideia contrária a dela.

     ADMINISTRAÇÃO DE DILMA
     Enfim, esclarecida a verdadeira posição ideológica de Dilma. Vamos à sua gerência no Ministério da Casa Civil e no Ministério de Minas e Energia. Citarei os programas "da Dilma".

     Programa Luz Para Todos, de 2003:
     - Meta: Garantir que 100% das moradias tenham rede elétrica até 2008.
     O programa é uma continuidade do Luz No Campo, criado no governo FHC. Com FHC, avançou de 70% (em 1994) para 90% (em 2002) o número de moradias com rede elétrica. O Luz Para Todos, tinha o objetivo de elevar de 90% para 100% esse número até 2008, no entanto, até hoje, 2010, só 96% foram atingidos, e a meta foi prorrogada pela terceira vez, para 2011.

     Programa Minha Casa Minha Vida, de 2009:
     - Meta: Criar 1 milhão de casas populares para famílias que ganhar até 10 salários mínimos até 2010.
     O programa até hoje entregou cerca de 150mil moradias, 15% da meta atingida (sendo que somente 600 casas foram destinadas para famílias que ganham até 3 salários mínimos - cerca de 0,4%. Uma proporção injusta, uma vez que 90% do déficit habitacional é representado por famílias com renda inferior a 3 salários mínimos). A projeção que é feita, é que o governo conclua o total de 280mil moradias até o final do ano, ou seja, somente 28% da meta inicial será cumprida.
     E já estão falando em Minha Casa Minha Vida 2, no qual a meta é construir 2 milhões de moradias populares até 2014. E então, não vão concluir o 1, já estão falando do 2?

     Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de 2007:
     - Meta: Investir 503,9 bilhões de reais até 2010 em obras de infra-estrutura, cerca de 240 obras.
     Foram concluídas cerca de 25% das obras (60) previstas até hoje, projeta-se que até o final do ano somente 40% (96) da meta inicial será atingida (uma vez que 50% das obras estão em andamento, mas mesmo assim, devido a atrasos, a conclusão de 35% dessas em andamento ficarão para 2011). No entanto, cerca de 25% das obras ainda não se iniciaram, ficarão para o ano que vem, ou seja, 60 obras ficaram por se iniciar em 2011.
     E, também, já falam de PAC 2.

     Enfim, nota-se a incapacidade do governo, principalmente, no âmbito de planejamento da equipe de Dilma Rousseff, em administrar as suas metas, uma vez que pouco do que se esperava foi feito, no entanto, a propaganda que envolve o governo é muito boa, dando a impressão de que tudo está a mil maravilhas.

     OBS.: Dilma não conseguiu administrar os ministérios dos quais fez parte. Ela escolheu uma equipe, na qual confiava, mas que acabou se envolvendo em corrupção (caso Erenice); já imaginaram como ela poderá escolher a equipe presidencial e os seus ministros? Outro fato curioso é que ela teve, na década de 90, uma lojinha de R$ 1,99 no RS, a qual vendia bugigangas importadas do Panamá, e em menos de 1 ano e meio, o que aconteceu? FALIU! Nem isso ela conseguir gerenciar, imaginem a presidência. ISSO SÃO FATOS. Fonte

     O PT
     Um breve resgate da história do PT:
     1985 - O PT é contra a eleição de Tancredo Neves e expulsa os deputados que votaram nele.
     1988 - O PT vota contra a Constituição que mudou o rumo do Brasil.
     1989 - O PT defende o não pagamento da dívida brasileira, o que transformaria o Brasil num caloteiro mundial.
     1993 - Itamar Franco convoca todos os partidos para um governo de coalizão pelo bem do país. O PT foi contra e não participou.
     1994 - O PT vota contra o Plano Real e diz que a medida é eleitoreira.
     1996 - O PT vota contra a reeleição. Hoje defende.
     1998 - O PT vota contra a privatização da telefonia, medida que hoje nos permite ter acesso a internet e mais de 150 milhões de linhas telefônicas.
     1999 - O PT vota contra a adoção do câmbio flutuante.
     1999 - O PT vota contra a adoção das metas de inflação.
     2000 - O PT luta ferozmente contra a criação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que obriga os governantes a gastarem apenas o que arrecadarem, ou seja, o óbvio que não era feito no Brasil.
     2001 - O PT vota contra a criação dos programas sociais no governo Fernando Henrique: Bolsa Escola, Vale Alimentação, Vale Gás, PETI e outras bolsas classificadas como esmolas eleitoreiras e insuficientes.

     Quase toda atual estrutura sócio-econômica do Brasil foi construída no período listado acima. O PT foi contra tudo e contra todos. Hoje roubam todos os avanços que os outros partidos promoveram e posam como os únicos construtores de um país democrático e igualitário. Já que o PT foi contra tudo e contra todos desde a sua fundação, fica uma pergunta: em 8 anos de governo, quais reformas o PT promoveu no Brasil para mudar o que os seus antecessores deixaram?

     GOVERNO FHC
     O governo Lula tenta esconder que os avanços conquistados na sua gestão são resultados das políticas socio-econômicas permanentes de governos anteriores, como Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Tanto Itamar quanto FHC foram fundamentais para garantir a estabilização econômica do Brasil, por meio da implantação do Plano Real, que colocou fim à hiperinflação descontrolada. Isso garantiu o aumento no consumo das famílias, além de gerar emprego e renda ao povo brasileiro. Além disso, foi no governo FHC que se iniciaram os programas assistêncialistas, como o Vale Gás, a distribuição de Cestas Básicas e leite, o Bolsa Escola e o Bolsa Alimentação (que foram integralizados, originando o Bolsa Família), além do programa Luz no Campo. Outras medidas garantiram o início de uma reforma do Estado com a implementação, por exemplo, da Advocacio Geral da União, da Lei de Responsabilidade Fiscal (que caracterizava-se pelo rigor exigido na execução do orçamento público, que limitava o endividamento dos estados e municípios e os gastos com o funcionalismo público) e do Ministério da Defesa e a implantação do PROER (programa de restruturação do sistema financeiro brasileiro - concentrando e transformando os bancos brasileiros em instituições fortemente fiscalizadas). Outros grandes destaques foram a implantação do gasoduto Brasil-Bolívia, a elaboração de um Plano Diretor da Reforma do Estado (um acordo que priorizaria o investimento em carreiras estratégicas para a gestão do setor público), aprovação de emendas que facilitaram a entrada de empresas estrangeiras no Brasil e a flexibilização do monopólio de várias empresas.

     Enfim, o governo FHC trouxe avanços econômicos, estabilizando a economia, garantindo ao Brasil, o prestígio internacional, progresso do comércio exterior, além de possibilitar o desenvolvimento do mercado interno, criação de empregos e consumo. Também, iniciou os programas sociais. Tudo isso possibilitou o surgimento de um país sólido, capaz de avançar ainda mais no longo prazo, já que as medidas adotadas por FHC foram permanente.
     Coube ao Lula manter essa política e expandi-la. Portanto, os resultados que se colhem hoje foram plantados a muito tempo atrás, e o governo atual não sabe reconhecer isso.

     Se ainda ficou alguma dúvida de que foi o FHC quem mudou VERDADEIRAMENTE o Brasil, veja o vídeo:


     PRIVATIZAÇÕES DE FHC
     Tão contestada pela oposição, as privatizações da Vale, das telecomunicações e da Embraer trouxeram inúmeros benefícios ao Brasil e também aumentaram o poder e o capital dessas empresas.

     Vale do Rio Doce
A Vale é a segunda maior mineradora do mundo e a maior empresa privada do Brasil. É a maior produtora de minério de ferro do mundo e a segunda maior de níquel. A Vale destaca-se ainda na produção de manganês, cobre, bauxita, caulinita, carvão, cobalto, platina, alumina e alumínio.

     1996: a Vale produzia 114 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.
     2006: a Vale produz 255 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.

     1996: a Vale lucrava cerca de 500 milhões de dólares por ano.
     2006: a Vale lucra mais de 13 bilhões de dólares por ano.

     1996: a Vale era responsável por 13 mil empregos.
     2006: a Vale é responsável por mais de 41 mil empregos.

     1996: a Vale valia R$ 8 bilhões.
     2006: a Vale vale R$ 160 bilhões.

     Em 2008, a Vale tornou-se a 33ª maior empresa do mundo. De acordo com o Financial Times, a empresa é a maior do Brasil em volume de exportações, com quantidade superior à da Petrobrás. Atualmente, a União, através do BNDES, de fundos de previdência e de participação direta, possui um número expressivo de ações da Vale.

     Telecomunicações
     No tempo de nossos pais, um telefone fixo custava o equivalente a R$ 5 mil. O cliente pagava um carnê e esperava meses, até anos, para que a linha fosse instalada. Depois das privatizações, o serviço ficou muito mais acessível, alcançando grande parte do país. As operadoras de celular (Claro, Vivo, Tim...) competem entre si para levar o sinal mais longe e cobrir quase todo o território nacional. Hoje existem mais de 180 milhões de celulares em uso no Brasil. Você consegue imaginar-se sem usar celular ou sem acessar a Internet?

     Embraer
     Em 1994, durante o governo de Itamar Franco, a Embraer foi leiloada, para depois passar por um longo processo de reestruturação e apresentar novos projetos que a tornariam uma gigante de setor.
A Embraer é avaliada em R$ 17 bilhões, além de figurar como a terceira maior fabricante de jatos do mundo. Tornou-se uma das mais importantes blue chips negociadas na Bovespa, e distribui dividendos a acionistas minoritários e funcionários.

     "Não se trata de retórica: ao provocar alívio nas contas fiscais, a desestatização favoreceu o aumento do superávit primário e abriu espaço para a elevação dos gastos públicos, tanto os destinados ao pagamento dos vencimentos dos servidores e às aposentadorias do INSS, como ao custeio dos programas distributivos". Professor William Eid Jr, FVG-SP.

     COMPARAÇÃO FHC X LULA
     Pra mim, governo FHC e Lula são momento distintos, onde cada um teve metas diferentes. Por exemplo, o enfoque o FHC foi estabilizar a economia, enquanto Lula, foi o de manter a estabilidade garantindo inclusão social. No entanto, já que é pra comparar, vamos lá.

     Dados são informados até o ano mais recente de publicação dos mesmos pelos institutos responsáveis por sua manutenção.
     Quando os anos não fecham com o início e fim dos governos há um hiato na divulgação de estatísticas e o ano mais próximo é utilizado.
     As fontes são confiáveis. Tratam-se de dados estatísticos comprovados, qualquer dúvida, verifique no site: http://pt-br.governobrasil.wikia.com/wiki/Governo_Brasil_Wiki

     Índice de Desenvolvimento Humano 
     O Índice de Desenvolvimento Humano, um dos principais indicadores do nível de vida da população de um país, cresceu muito mais durante o governo Fernando Henrique que durante o governo Lula. Isto significa que a qualidade de vida do povo Brasileiro melhorou de forma mais acelerada no governo anterior que no governo atual.

     De 1995 a 2000 (FHC) cresceu 7,62% ou 1,48% ao ano
     De 2000 a 2007 (Lula) cresceu 2,91% ou 0,41% ao ano

     - Brasil só superou o crescimento médio mundial de 1995 a 2000

     Acesso à Rede de água
     O percentual de domicílios com acesso à rede de água potável encanada, condição praticamente básica à dignidade humana nos dias atuais, cresceu de forma muito mais rápida durante o governo Fernando Henrique que durante o governo Lula.

     De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 42,09% em número absoluto ou 4,49% ao ano
     De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 9,33% em proporção do total ou 1,12% ao ano

     De 2002 a 2007 (Lula) cresceu 19,22% em número absoluto ou 3,58% ao ano
     De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 4,02% em proporção do total ou 0,57% ao ano

     Acesso à Rede de esgoto
    A quantidade de domicílios com acesso à rede de escoamento de esgoto, critério essencial para a qualidade de vida da população, cresceu de forma mais rápida durante o governo Fernando Henrique que durante o governo Lula.

     De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 55,16% em número absoluto ou 5,65% ao ano
     De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 19,23% em proporção do total ou 2,22% ao ano

     De 2002 a 2007 (Lula) cresceu 29,52% em número absoluto ou 5,31% ao ano
     De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 14,62% em proporção do total ou 1,97% ao ano

     Acesso à Energia elétrica
     O percentual de domicílios com acesso à rede elétrica, outro critério essencial para a obtenção de um bom nível de qualidade de vida, cresceu muito mais rápido durante o governo anterior que no governo atual.

     De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 7,44% ou 0,90% ao ano
     De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 2,48% ou 0,35% ao ano

     Porcentagem de Domicílios com geladeira
     O refrigerador tornou-se item essencial para a família. Mesmo assim, ainda existem domicílios que não possuem este eletrodoméstico. A proporção de domicílios com geladeira cresceu muito mais rápido durante o governo Fernando Henrique que no governo posterior.

     De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 20,75% ou 2,39% ao ano
     De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 8,30% ou 1,15% ao ano

     Porcentagem de Domicílios com televisão
     Aparelho televisor, mesmo não sendo essencial à sobrevivência, é de grande importância para o tempo de lazer da população, influenciando assim a qualidade de vida. Acesso à televisão cresceu mais rápido no governo anterior que no governo atual, apesar da às vezes dramática diminuição nos preços.

     De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 18,73% ou 2,17% ao ano
     De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 6,66% ou 1,30% ao ano

     Porcentagem de Domicílios com telefone
     O telefone tornou-se um item essencial à qualidade de vida do cidadão. Antes considerado um bem de difícil acesso, após a privatização do setor sua disponibilidade cresceu vertiginosamente. A tabela abaixo resume os dados de crescimento no acesso a linhas telefônicas nos últimos governos.

     De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 224,21% ou 15,84% ao ano
     De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 37,82% ou 4,69% ao ano

     Mortalidade infantil
     A alta mortalidade infantil era um dos problemas mais trágicos do Brasil. Felizmente, a estabilidade e o desenvolvimento tem permitido uma queda progressiva no número de crianças que morrem antes de completar um ano de idade. A queda neste número foi, no entanto, muito mais pronunciada durante o governo Fernando Henrique que durante o governo Lula.

     De 1997 a 2002 (FHC) caiu 21,94% ou 4,83% ao ano
     De 2002 a 2007 (Lula) caiu 20,16% ou 2,78% ao ano

     Taxa de pobreza
     A taxa de extrema pobreza indica, segundo o IPEA, o 'percentual de pessoas na população total com renda domiciliar per capita inferior à linha de extrema pobreza (ou indigência, ou miséria). A linha de extrema pobreza aqui considerada é uma estimativa do valor de uma cesta de alimentos com o mínimo de calorias necessárias para suprir adequadamente uma pessoa.' Já a taxa de pobreza indica, também segundo o IPEA, o ' Percentual de pessoas na população total com renda domiciliar per capita inferior à linha de pobreza. A linha de pobreza aqui considerada é o dobro da linha de extrema pobreza.'

     De 1994 a 2002 (FHC), a taxa de extrema pobreza caiu um total de 6,28%, com uma variação de -30,98%.
    De 2002 a 2009 (Lula), a taxa de extrema pobreza caiu um total de 6,71%, com uma variação de -47,96%. 

     De 1994 a 2002 (FHC), a taxa de pobreza caiu um total de 8,58%, com uma variação de -19,96%.
     De 2002 a 2009 (Lula), a taxa de pobreza caiu um total de 12,98%, com uma variação de -37,73%.

     - Lula avançou mais nessa área, no entanto, FHC avançou bastante também.

     Evasão escolar
    Evasão escolar é algo extremamente preocupante em qualquer sociedade, principalmente na idade normalmente associada ao ensino secundário - que pode fazer uma diferença crucial na vida de uma pessoa. Enquanto o número de crianças de idade entre 15 e 17 anos que não frequentavam a escola caiu dramaticamente durante o governo Fernando Henrique, este número permaneceu preocupantemente estável durante o governo Lula.

     De 1994 a 2002 (FHC) variou -51,44% ou -8,63% ao ano
     De 2002 a 2007 (Lula) variou -4,32% ou -0,88% ao ano

     Acesso à universidade
    Acesso à universidade é uma medida clara do desenvolvimento da educação em um país. Segundo o censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira fornece dados a respeito.

     De 1995 a 2002 (FHC) o número de matrículas em instituições federais cresceu 44,65% ou 5,42% ao ano
     De 2002 a 2008 (Lula) o número de matrículas em instituições federais cresceu 20,97% ou 3,22% ao ano

     De 1994 a 2002 (FHC) o número total de matrículas no ensino superior cresceu 109,50% ou 9,69% ao ano
     De 2002 a 2008 (Lula) o número total de matrículas no ensino superior cresceu 45,98% ou 6,51% ao ano

     Índice de analfabetismo
     O índice de analfabetismo indica o percentual da população total, acima de 15 anos de idade, que não sabe ler nem escrever um bilhete simples.

     De 1995 a 2002 (FHC) caiu 27,77%% ou 3,99% ao ano
     De 2002 a 2007 (Lula) caiu 15,60% ou 3,33%% ao ano

     Salário mínimo

     De 1994 a 2002 (FHC) o salário mínimo cresceu 208,68% ou 15,13% ao ano
     De 2002 a 2010 (Lula) o salário mínimo cresceu 155,00% ou 12,41% ao ano

     Carga tributária

     Carga média de 1994 a 2002 (FHC) de 30,07%, carga tributária em 2002 de 32,35%
     Carga média de 2002 a 2007 (Lula) de 33,47%, carga tributária em 2007 de 34,70%

     Taxa de crescimento econômico

     Crescimento mundial durante governo FHC: 24,27% ou 2,75% ao ano
     Crescimento mundial durante governo Lula: 74,46% ou 8,27% ao ano

     Crescimento do Brasil no governo FHC: 19,74% ou 2,28% ao ano ou 82,77% da média mundial
     Crescimento do Brasil no governo Lula: 27,66% ou 3,55% ao ano ou 42,91% da média mundial

     - Durante o governo Lula, o Brasil cresceu muito menos que o resto do mundo
     - Durante o governo FHC, o Brasil cresceu apenas um pouco abaixo da taxa média do resto do mundo

     Evolução no governo FHC em relação à média anterior: 73,33%
     Evolução no governo Lula em relação à média anterior: 55,88%

     - Mesmo havendo maior crescimento absoluto no governo Lula, a TAXA anual média de crescimento da economia CRESCEU muito mais no governo FHC que no governo Lula 

     Investiemento público

     Em 2002 (FHC): R$ 904 milhões
     Em 2008 (Lula): R$ 581 milhões

     Nível de desemprego

     Final do governo FHC (dez/2002): 6,17%
     Final do governo Lula (set/2010): 6,9%

     Inflação ao consumidor

     Inflação acumulada de 1990 a 1994 (Collor/Itamar): 41.941.718,61%
     Inflação acumulada de 1995 a 2002 (FHC): 114,43%, ou 0,00028% do acumulado anterior. Queda de 99,99972% em relação ao governo anterior.
     Inflação acumulada de 2003 a 2010 (Lula): 47,72%, ou 41,71% do acumulado anterior. Queda de 58,29% em relação ao governo anterior. 
     - Queda na inflação acumulada foi muito maior no governo FHC que no governo Lula
     - Fernando Henrique, como Ministro da Fazenda, implantou o Plano Real, que controlou a hiperinflação
     - Governo FHC consolidou a estabilidade do plano real

     Dívida pública federal

     Dívida pública federal ao final do governo FHC (12/2002): R$ 560.828.810.000,00
     Dívida pública federal ao final do governo Lula (10/2010): R$ 985.808.530.000,00

     - A dívida pública federal líquida ao final do governo Lula é quase o dobro da dívida ao final do governo Fernando Henrique


     Portanto, muito cuidado ao falar mal do governo FHC. Busque fatos e informações verdadeiras, não se baseie no senso comum que muitas vezes é falho.

     ENFIM, ACREDITO SER SUFICIENTE A ARGUMENTAÇÃO QUE APRESENTEI NESSE EXTENSO ARTIGO, TENTEI DEIXÁ-LO O MAIS COMPLETO POSSÍVEL. PORTANTO, SÓ ESPERO QUE COMPAREM E SAIBAM DETECTAR AS MENTIRAS LEVANTADAS NESSAS ELEIÇÕES. E LEMBREM-SE QUE DILMA NÃO É LULA, ASSIM COMO SERRA NÃO É FHC. PAREM PRA REFLETIR, POIS SÃO OS PRÓXIMOS 4 ANOS QUE ESTÃO EM DISCUSSÃO.

     Votem em ideologia.
     Votem em proposta.
     Votem em biografia e histórico.
     Votem em realizações.

     Espero muito que esse debate continue, pois também acredito ser de extrema importância. Deixem suas argumentações também.

     Sou grato a quem depositou seu tempo lendo a minha resposta.
     Muito obrigado.