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quarta-feira, 3 de março de 2010

14 anos sem eles!

Por Izadora Pimenta



     Não foi somente uma banda que nos fazia rir. Foi, talvez, um dos maiores fenômenos da música brasileira, que, com seu apelo original e, muitas vezes, implícito, agradou a todos. 14 anos sem a Brasília Amarela. 14 anos sem Mamonas Assassinas.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Feito Para Acabar

Por Izadora Pimenta


     Ao ler um post do blog Bloody Pop, conheci o som do artista Marcelo Jeneci. Mas sabe quando a gente escuta, gosta, e depois não vê mais nada sobre? Era o que tinha acontecido comigo, até ler o exemplar de fevereiro da Rolling Stone Brasil.
     Lá estava o nosso amigo Marcelo Jeneci. Comecei a ler a reportagem e a descobrir certas coisas interessantes sobre este artista. Há mais de 10 anos ele toca como convidado especial com alguns artistas como Arnaldo Antunes e Zélia Duncan, o que ele considera uma experiência indispensável para se aprofundar na música brasileira, já que conviveu com tantos "músicos legais". E, além disso, ele também é o compositor de algumas músicas de sucesso, como "Amado" de Vanessa da Mata, que esteve presente na novela "A Favorita".
     Durante as experiências, aprendeu também a perder os preconceitos, se aprofundando ainda mais no universo pop. E foi após conhecer Laura Lavieri que surgiu a ideia de iniciar a sua própria banda. Assim, a formação conta hoje com Marcelo e Laura dividindo os vocais, Curumin na bateria, Régis Damasceno no baixo e Gustavo Ruiz na guitarra. Assim, desde 2007, a banda vem fazendo shows e conquistando uma certa fama através de ferramentas como o MySpace e o Youtube, enquanto também gravava com grandes nomes da nova cena paulista, como o Cidadão Instigado.
     Marcelo declara à Rolling Stone, em se tratando de suas composições, que gosta "desse tipo de sucesso do cara que vê o negócio indo, mas não é famoso", e se compara a Erasmo Carlos nos anos 60 e 70.
     Neste começo de 2010, a banda está iniciando a gravação do seu primeiro álbum, "Feito Para Acabar". A Rolling Stone define as referências como um cruzamento de música brasileira com um "senso de pop perfeito à Beatles e Beach Boys, que, somado a um 'hippismo' saudável e excesso de beleza, dá uma cor especial à sua música".

     Para ouvir: www.myspace.com/jeneci
     (Recomendação da colunista: Dar-te-ei)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Um Lixo Ma-ra-vi-lho-so!

Por Izadora Pimenta

     Com influências de Fundo de Quintal, Revelação e Alcione, o grupo que irei apresentar hoje tinha tudo para ser um grupo de pagode normal e agitar as rodas de samba de todo o país. Por exemplo, as letras são, como eles mesmos citaram em entrevista ao portal G1, inspiradas livremente na libido dos integrantes.
     Mas existem algumas coisas que os diferenciam dos pagodeiros normais:
     1) Eles não são brasileiros. São de Tóquio, Japão.
     2) Tentam copiar a linha do pagode dos anos 90, porém, em um português que parece ter sido formado a partir de uma tradução de programas como o Google Translator.
     3) O vestuário poderia ser muito bem de uma banda de Indie Rock.
     Este é o grupo Y-No. Destaque este domingo no programa do Fantástico, me chamou bastante a atenção. Após uma pesquisa rápida, descobri que a fama na internet não se deu, em si, pelas letras (por exemplo: “A namoração da internet é bom, Né?/ Eu sou galinha/Eu quis te olhar, a mulher nua/Mas agora você já está batendo no meu coração/Aí, gatinha/Me dá uma chance pra esse lixo/Ma-ra-vi-lho-so”), e, sim, por transformarem em divertido o clichê do pagode brasileiro. Muitos internautas, sobretudo fãs da cultura japonesa, se declaram fãs do grupo.
     No Japão, quem os acompanha mais são parentes e amigos. As outras pessoas não entendem muito o que se passa nos shows, mas acabam achando divertido.
     Segundo os integrantes do grupo, a escolha pelo pagode veio naturalmente. “É fácil entrar no ritmo do pagode – é só pegar um chocalho e chacoalhar e você já está fazendo um pagode. Essa facilidade, junto com a beleza da música, é o que queremos que nossos fãs aproveitem. É só relaxar, entrar no ritmo e sentir a nossa melodia, a nossa paixão pela música”, explicaram para o portal G1.

      Vídeo de Querido Meu Amor:

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Delírio Sobrenatural

Por Izadora Pimenta

     Foi em meados de 2004 que tive o primeiro contato com o Ludov.
     O contato se deu a partir do clipe da música Princesa, que não parava de passar na MTV Brasil. E achei, de cara, cativante. E tal opinião só foi crescendo.
     Alternando entre o indie e o mainstream desde os tempos de The Maybees (http://www.ludov.com.br/maybees/), Ludov é a banda que cai na graça dos curiosos e dos desavisados. Faz leitura musical dos sentimentos de cada um de nós. Sejamos príncipes e princesas, urbanos e urbanas, ou somente pessoas que estão de passagem na história, alguma música, com toda a certeza, irá nos fazer admirar com o encaixe perfeito que ela faz com o momento.
     Em outubro de 2009, tive a oportunidade de assistir a um show da banda. Esta fez com que todas as músicas se encaixassem com um momento, seja ele um refrão cantado à plenos pulmões, ou uma melodia sinestésica penetrando por um de nossos ouvidos e ali permanecendo, ou, então, uma chuva de confetes laminados. Passamos por todos os nossos instintos, expressados em pedidos repentinos de casamento aos integrantes, exacerbando a sensação boa que eles nos passavam e em danças descontraídas, quase mentais.
     Tanto os fãs do Ludov quanto as pessoas que nunca haviam parado para escutar a banda se integraram ao show no mesmo teor. A banda passava, arrastando com a "Luta Livre", e o bloco acompanhava, cantarolando sucessos como "Dois a Rodar", "Princesa", "Rubi", passando ainda pelas composições fantásticas do novo CD, Caligrafia, como "Sob a Neblina da Manhã" e "O Seu Show é Só Pra Mim", e terminando com a contagiante "Urbana".
     A verdade é que não havia presente melhor para todos nós. Pessoas que, durante a semana, vivem cheias de pequenas preocupações, ali esquecíamos de qualquer problema que houvesse, embalados pelas melodias muito bem executadas e a combinação harmoniosa das vozes de Vanessa Krongold e Mauro Motoki, o próprio encaixe perfeito do Ludov - a banda das pessoas que pareciam com quaisquer outras que ali estivessem, com a simples distinção de ajudarem a construir um verdadeiro delírio musical.
     (Tive a oportunidade de conversar com Vanessa e Mauro, aliás. Pessoas absurdamente simpáticas.)

     Twitter

     Clipe de Kriptonita

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Só não temos o hábito de ouvir

Por Izadora Pimenta


     Eu, com a minha incrível incapacidade para fazer entrevistas, resolvi mandar umas perguntas para o pessoal da Hardneja Sertacore, uma banda bastante interessante que tive a oportunidade de encontrar por acaso na internet.
     Estou com um pouquinho de pressa, não vou fazer AQUELE prefácio, mas garanto que vocês irão gostar.
    Vamos lá então!

     Achei bastante interessante a mistura de vocês. Como surgiu a banda e a ideia de unir os dois estilos?
     A banda iniciou os trabalhos em 2007, mas a idéia, surgiu em 2003. O Nigéria (vocal/guitarra) era produtor, e na época estava produzindo o disco da minha antiga banda, JUDIT, e a gente zoava que os vocais e backing vocals soavam como sertanejo, por causa das segundas vozes dos sertanejos. Naquele mesmo ano, o Nigéria, que ficou com aquilo na cabeça, gravou uma demo em casa, de uma música que misturava 3 musicas de Leandro & Leonardo, com hardcore, mas engavetou o projeto. Em 2007 ele resolveu montar uma banda pra tocar esse projeto dele. Juntaram-se a ele eu (Careca) (bateria/backing vocal), Lucas (baixo/backing vocal) e Gabriel (guitarra).

     Vocês realmente ouvem música sertaneja? O que acham sobre?
     Quem ja não ouviu né? Mas nós como bons roqueiros, não temos o hábito de ouvir. Mas na verdade o Nigéria costumava cantar sertanejo em casamentos, ou festas em que era convidado, mas por diversão apenas. O resto da banda apenas ouvia através do 3 em 1, e dos vinis dos pais mesmo.
     Quando se é jovem, adolescente, e roqueiro, existe preconceito com música sertaneja. Mas hoje em dia não temos nenhum tipo de preconceito... Pelo contrário, admiramos as técnicas de vocal e composição.
Só continuamos não tendo o costume de ouvir.

     Com o estilo de vocês, vocês podem se considerar prontos para agradar a todas as faixas etárias. Não sei se já é assim, mas como vocês lidam ou lidarão com isso?
     Nosso público é uma surpresa a cada show, pois não existe idade, preferência, de hardcore, emo, rock, ou outra vertente: Todos se divertem da mesma forma, cantam junto e balançam as mãos. Recebemos elogios, desde o adolescente de 13, 14 anos, passando pelo publico mais formador de opinião, músicos, fãs de hardcore antigos, até os pais deles mesmos, ou seja, pessoas que na verdade gostam do sertanejo mesmo, mas que se divertem com nosso show. E isso pra nós está sendo maravilhoso, pois sabemos que podemos tocar em qualquer lugar sem desagradar ninguém.

     Vocês conhecem outras bandas no cenário underground que são dignas de um espaço? Quais?
     Na minha opinião, acho que o DEAD FISH, que ja é um monstro do underground, merecia ser reconhecido pela grande massa, pois suas letras e seu som são de muito conteúdo.
     Outra banda que considero muito boa e até é do sul também, é o SUPERGUIDIS, que faz um rock mais indie.
     Existem muitas bandas boas por aí, mas infelizmente, não depende só disso.

     Quais são os planos futuros para a carreira da banda?
     Gravar mais sucessos e clássicossertanejos. Por enquanto é a idéia. A banda é muito nova ainda, ainda não somos ninguém, temos muito a explorar nesse caminho.

     Agradecimentos
     Bom, em primeiro lugar, agradecemos a ti, Izadora, pelo teu interesse e espaço.
     Gostariamos de agradecer a todo mundo que sempre nos apoiou e nos deu força pra nunca desistirmos.
     Pais, mães, namoradas, amigos, fãs...tudo que está acontecendo, é dedicado a todos.
     Grande abraço.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O Amor Verdadeiro Não Tem Vista Para o Mar

Por Izadora Pimenta

     Não há nada mais paulistano do que um céu cinzento. O costume faz amar, por mais caótico que seja... São Paulo é trânsito, chuva e vida agitada. Apesar das tragédias, entra também a poética. E a poética nunca se encaixou tão em em um álbum inteiro como em "Tudo Que Eu Sempre Sonhei", dos Pullovers.
     Todas as canções são como 'um coração paulistano em forma de música', definição que me veio à cabeça na primeira audição do álbum completo no TramaVirtual e que me fez barganhar o disco físico em uma promoção do Rock 'n' Beats.
     Poetizando várias temáticas, como a vida comum de um paulistano (como em "Tudo Que Eu Sempre Sonhei", "Marinês" e "Marcelo ou Eu Traí o Rock"), ou uma brincadeira com a Revolução de 1932 ao declarar paixão por uma carioca (1932 C.P.), apologias poéticas à chuva ("O Amor Verdadeiro Não Tem Vista para o Mar" e "Quem me dera houvesse trem") de maneira simples e deliciosa de se escutar. Não há como botar defeito.
     Seria como falar que os Pullovers são como os Los Hermanos paulistanos. Mas seria injustiça com ambas as bandas e suas características únicas.
     Indiscutivelmente, o CD por completo é uma pérola da música nacional que, infelizmente, não é conhecida por todos. Em tempos de melodias grudentas com letras esquisitas, ainda temos muito por aí que ainda nos preserva o doce, o belo, a poesia sem precisar de rima forçada. Em tempos de São Paulo caótica, ainda temos quem acredita na beleza oculta desta cidade.
    Afinal, o que é São Paulo senão a Londres brasileira? Construções arquitetônicas belíssimas constantemente ignoradas por quem vive a vida com pressa. Pelos carros, inúmeros carros, que passam e acabam com o ânimo da beleza. Mas ainda é cobiçada, almejada, mesmo sem mar. "Que bom", diz a música do Pullovers, "assim se pode amar!".
     Mas não gostaria que o ânimo da beleza acabasse. Brasileiro tem mania de ver o defeito - e somente ele - de todas as coisas e ignorar o que ainda existe de bonito por aqui. Quando gostamos de uma pessoa, ignoramos seus defeitos. Então pense em São Paulo como uma pessoa. Pense no seu local de origem, seja lá qual ele for, como uma pessoa. Vocês construiram uma história, você gosta de tal coisa especial que só ela tem.
     Então se pode gostar do céu cinzento como calmo. Se pode olhar para a Estação da Luz e imaginar que não há nada mais magnífico do que ela. Se pode olhar para a Avenida Paulista e ver o quanto ela cresceu. Se pode amar, sim, algo que todo mundo odeia.
     E acho que, em amar São Paulo, os Pullovers são experts.

Pullovers tocando “O Amor Verdadeiro Não Tem Vista Para O Mar” em cima da Ponte do Limão


     (Recomendações da colunista – Lição de Casa; O Amor Verdadeiro Não Tem Vista Para o Mar) Baixe o disco do Pullovers

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Big Brother Is Watching You

Por Izadora Pimenta


     As bandas das quais falarei hoje já são bem conhecidas: Muse e Radiohead. O Radiohead atingiu seu auge em 1997 com o álbum Ok Computer, que participa de toda e qualquer lista dos melhores álbuns da década de 1990, merecidamente. Já o Muse, já conhecido pelo público alternativo, atingiu o seu auge em 2008, quando a música Supermassive Black Hole entrou para a trilha sonora do filme Crepúsculo.
     As duas bandas vivem sendo comparadas pelo público, mas eu resolvi fazer uma comparação mais consciente. Sem discutir quem é melhor. Sem discutir se o Muse copia o Radiohead ou algo assim, mas, sim, chegando a um nome de um autor famoso, George Orwell, e a um título famoso, 1984.
     O livro 1984, lançado em 1949, trata de uma sociedade distópica na qual o estado controla a vida de todos, incluindo seus atos e pensamentos. Tal controle é feito por um aparelho denominado teletela, que está em todos os lugares, e pelas manipulações efetuadas no Ministério da Verdade. A verdade é que não existe verdade. A verdade é aquilo que eles querem que você acredite (o que pode ser associado facilmente com o conceito atual de mídia manipuladora, aquela que mostra apenas o que você DEVE ver, o que você DEVE pensar). Tal capacidade de ter duas informações na mente e acreditar somente naquela em que o estado quer que seja a verdadeira, chama-se duplipensar. O estado é representado por uma figura. Um Deus que deve ser louvado todos os dias (não existe religião). O nome deste é Grande Irmão (Big Brother, no original - associou essa história toda com algum programa de televisão que você conhece?). A história é contada na visão de Winston Smith, que é completamente contra este estado, e, em primeira instância, segura ao máximo todos os seus pensamentos, para que nenhuma face de desprezo fosse percebida pelo governo.
     E voltando às bandas... Hoje fiquei meio intrigada ouvindo algumas músicas do Ok Computer do Radiohead... Muitos trechos parecem remeter à história de Winston, como este da música No Surprises: "You look so tired and unhappy/Bring down the government/They don't, they don't speak for us" ("Você parece tão cansado e infeliz/Bote abaixo o governo/Eles não, eles não falam por nós"), ou então este, da música Karma Police (que pode ser associada com a Polícia do Pensamento (Thought Police) de 1984): "Karma Police, arrest this man, he talks in maths" ("Policia carmica, prendam este homem, ele fala em matemáticas"). E quando resolvi procurar sobre isto na internet, descobri que não era a única que havia percebido a semelhança entre o álbum e a obra, mas que a banda nunca havia confirmado nada do tipo. Talvez o Radiohead só tenha procurado criar sua própria sociedade distópica dentro de um álbum, já que também remete muitas vezes ao fato de sermos manipulados por máquinas. E não se trata apenas de letra, mas de melodia também.
     Mas então, enquanto pesquisava sobre a semelhança acima, acabei encontrando uma comparação de 1984 com o álbum "The Resistance" do Muse. Só que esta é realmente fato. A própria banda confirmou, e também não teria como esconder tendo uma música chamada United States of Eurasia (Eurásia é a região do planeta - que, no livro, está dividido entre Eurásia, Oceania e Lestásia - que algumas vezes está em guerra com a Oceania, foco principal. Mas, em outras, não está. Mas se ela estiver, sempre esteve - aplicando aí o princípio do duplipensamento)... Mas destacando também alguns trechos, como este de MK Ultra: "All of history deleted with one stroke" ("Tudo da história deletado com um único golpe"), ou este, de Exogenesis: Symphony, Pt. 2: Cross-Pollination: "Tell us/Tell us your final wish/Now we know you can never return" ("Diga-nos/Diga-nos seu desejo final/Agora nós sabemos que você não pode retornar nunca"), podemos ver uma semelhança óbvia com trechos da obra, os quais não irei explicar para estimular a leitura deste clássico.
     Ainda encontrei várias outras músicas inspiradas no livro... Temos Big Brother, do David Bowie... Sexcrime (1984), do Eurythmics (que foi composta para a trilha sonora original do filme homônimo, lançado propositalmente no ano de 1984)... É uma história fantástica, intrigante, e espelho de toda a realidade. Orwell conseguiu retratar a opressão de sua sociedade e deixar um legado que mostraria o modo com a qual ela continuaria.
     E continua.
     Afinal... Muita gente hoje em dia vive de duplipensar.

     Por fim, deixo-lhes então as dicas...
     Download OK Computer - Radiohead
     Download The Resistance - Muse
     1984 - George Orwell (recomendo ler com calma, em formato físico)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

De Feeling Musical e Sabonetes

Por Izadora Pimenta

     Foi em um show da banda curitibana Copacabana Club, realizado no Bar do Zé, em Campinas/SP, que eu pude sentir uma das maiores vibrações de feeling musical ao vivo da minha vida. Especialmente da parte de Caca V, a vocalista, quando esta saltou no meio do público para cantar o hit Just Do It. E quando se tem o tal feeling musical - a paixão, a preocupação com letras e melodias, com a arte de se fazer música propriamente dita - é que se faz música boa, e isso não depende de estilo. Depende única e exclusivamente de uma dedicação voraz da parte do artista.
     Porém, é comum ver artistas com estas características batalhando muito para obter reconhecimento. Porque, infelizmente, muita gente hoje em dia só para pra escutar o que é comercial.
     Felizmente, a Internet, inimiga dos artistas já consagrados, se torna amiga destes artistas, pois temos acesso a sites como MySpace, YouTube e Twitter, que têm ajudado muitos deles a conquistarem seu espaço. É o caso mesmo do Copacabana Club, que chegou às vinhetas da MTV e da FOX, tocou no festival Planeta Terra, ao lado de grandes nomes como Iggy Pop e Sonic Youth, e que conquista mesmo a desavisados logo na primeira audição.
     Meu propósito aqui, portanto, será apresentar alguns destes artistas - independente do estilo. Artistas independentes, com o tal feeling, mas que ainda precisam de mais reconhecimento para chegar aonde eles merecem.
     E não vou começar sem indicações: Começo apresentando-lhes a banda Sabonetes!
     Os Sabonetes também são curitibanos, mas optaram por viver em São Paulo para alavancar a carreira, e tal jogada vem dando certo. Têm como característica os seus hits que seriam indefectíveis se estivessem disponíveis aos ouvidos de todos. E, apesar do nome engraçadinho, é música séria e comprometida. No mesmo show citado (o do Copacabana Club), os Sabonetes foram a banda de abertura, portanto, posso garantir que é um show contagiante do início ao fim. Aquele no qual você esquece totalmente dos problemas lá fora e se entrega às letras das canções de corpo e alma.
     Acabaram de lançar o seu primeiro CD, homônimo, e disponibilizaram para download em um site interativo (www.sabonetes.net), no qual é possível ficar mudando as fotos de fundo, o que acabou se tornando uma diversão para os fãs da banda, que começaram a criar jogos de cores, mensagens e até mesmo vídeos de acordo com as mudanças.
     Também disponibilizaram no YouTube uma videoagenda de divulgação, com uma espécie de curta-metragem muito divertido.



     Bom, por hoje é só. Espero poder continuar apresentando para vocês outros artistas interessantes.
     Com o tal feeling musical, é claro.