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sexta-feira, 2 de abril de 2010

A greve se faz necessária

Por Laís Campelo


     A “Lei da mordaça”, que proibia os funcionários públicos de falarem com a imprensa, foi ressuscitada pelo Governo José Serra (PSDB) para evitar que a população tome conhecimento das deficiências da rede estadual de ensino e da amplitude da greve dos professores. A imposição da “mordaça” está expressa em memorandos enviados por email às direções das escolas estaduais. Um deles diz o seguinte:
     “Prezados Diretores
     Agradecemos a preciosa atenção em relação aos informes sobre os números de professores que estão aderindo à greve. Entretanto, em virtude dessa paralisação, a imprensa está entrando em contato diretamente com as escolas solicitando dados e entrevistas. Solicitamos ao Diretor de Escola para não atender a esta solicitação.
     Solicitamos que o número de professores paralisados sejam dados reais, visto que os mesmos não estão batendo com os dados da Secretaria da Educação.”

     Segundo a pasta, 1% das escolas no Estado está parado. Já o sindicato da categoria fala em mais de 60% dos 215 mil professores em greve. O governo afirmou que a orientação da diretoria regional "é para que os pedidos de jornalistas às escolas sejam encaminhados à assessoria de imprensa da Secretaria da Educação".
     A greve dos professores da rede estadual de São Paulo iniciou-se em 8 de março e continua em andamento. Entre os principais motivos que originaram a manifestação, estão: A duzentena, em que os professores da categoria O, após término de contrato, ficarão 200 dias afastados das salas de aula. (“Acaso deixaremos de precisar trabalhar durante 200 dias? Nossos filhos deixarão de comer durante 200 dias? Sob quais argumentos o governo aprovou uma lei tão absurda e sem sentido? O que parece é que a lei é um desestímulo a que os professores participem das atribuições de aula, e cubram licenças como professores eventuais” diz o professor Luciano Lira); a qualidade dos materiais enviados às escolas com aulas já prontas, além de tirar a autonomia e liberdade do professor, são consideradas de péssima qualidade, apresentam erros grotescos e propõem exercícios patéticos que pouco ou nada contribuem para o avanço dos alunos; a prova do SARESP que demonstra resultados não condizentes com a realidade. O aluno, pela progressão continuada, reprova apenas no caso de exceder o número de faltas permitidas, o que implica um alto índice de aprovação de alunos, porém não significa que eles possuam as habilidades e competências necessárias; salas lotadas que dificultam o ensino e diminuem sua qualidade, em relação a classes com o número de alunos reduzido; auxílio alimentação e o vale-transporte apelidado de “vale-coxinha”. (“Quem consegue receber o “benefício” sabe que ele é tão vergonhoso quanto o nosso salário. E aí? Dar mais aulas e ultrapassar o "limite" de salário para receber o vale-coxinha ou ficar com o vale-coxinha e dar menos aulas?” Indaga o mesmo professor Luciano Lira); o salário base, que hoje não chega aos R$ 950,00, considerado pouco para quem trabalha dentro e fora da escola – corrigindo prova, preparando aula, atualizando-se, fora as agressões físicas e verbais que, não raramente, sofrem na sala de aula; a segregação da categoria em letras, segundo eles, sugestivas (como O de otário, L de lixo, F de.. pois é) e com a intenção de enfraquecê-la e colocar professores uns contra os outros; falta de concursos públicos – Cerca de 80.000 professores admitidos em caráter temporário (ACTs) enfrentam dificuldades no momento da aposentadoria ou do acesso a benefícios de um efetivo. Neste ano de eleição, o governo realizará um concurso para efetivação dos mesmos; Entretanto, esta é encarada como uma manobra política ilusória, com o intuito de afastar ‘professores incompetentes’ e responsabilizá-los pela falência da Educação, ao invés do próprio Governo; atuação de professores não-formados universitários.
     Para o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (APEOESP), a medida "fere a liberdade de expressão". A professora Luzir Cristina Gomes, que dá aulas de Filosofia em três escolas de Embu Guaçu, conta que professores e diretores estão sendo pressionados. "Dependendo da escola, você sofre pressão do diretor para não aderir. Caso o diretor seja favorável à greve, é ele que sofre pressão da diretoria de ensino."
     Eu acredito que a Educação seja a base de toda a sociedade, e tudo o que dela provém. Se quisermos mudar alguma coisa nesse país, devemos primeiramente nos dirigir e investir nela.

sexta-feira, 19 de março de 2010

O jogo dos Sete Erros

Por Laís Campelo

     Nesta quarta feira, tive a oportunidade de assistir ao Globo News, pela manhã. Muitas matérias interessantes me fizeram parar meus afazeres para acompanhar o jornal do início ao fim, e entre tantos assuntos, um em especial me chamou a atenção.
     Um garoto de treze anos.
     Uma família pobre.
     Um vício.
     Três fatores que, agregados um ao outro, transformaram essa história de cotidiana a tragicômica.
     O referido garoto, tendo começado a furtar para sustentar seu vício em crack, foi acorrentado pela mãe ao pé de sua cama. Sim, acorrentado, e com direito a dois cadeados. Segundo ela, o menino chega a dormir três dias consecutivos, torna-se agressivo ao acordar e passa mal ao se alimentar.
     A polícia bateu à porta da casa do pequeno meliante, descobriu pela boca da mãe que o garoto estava acorrentado, e disse: ‘Se seu filho não morrer nas nossas mãos, morrerá na dos traficantes’.
     Até aí, uma manchete corriqueira, quase posso ouvir a narração angustiada do Datena. Mas é exatamente neste ponto que a história torna-se absurda, talvez inacreditável.

     A mãe foi denunciada e vai responder por maus tratos!
     Totalmente abismada, depois do choque, comecei a questionar: As leis brasileiras são realmente aplicáveis? Pois, no meu ponto de vista, elas deixam de enfocar os problemas nacionais mais urgentes e racionais!
     Por que, ao invés de condenar a coitada da mãe que apenas gostaria de ver o filho vivo e saudável, o Governo não cria maiores e mais abrangentes programas de reabilitação para famílias como esta, que não possui condições de custear o tratamento? Além do que, o paciente também precisa concordar com a internação – missão praticamente impossível, na situação acima descrita.
     E não é somente dentro desta esfera política que o questionamento é válido. Há outros tantos infinitos temas que precisam ser readequados à sociedade brasileira, como a pirataria!
     Você sabia que atualmente, cerca de 63% desta população admite comprar produtos pirateados? E que este é um crime passível de prisão por até quatro anos, além de multa, por recepção de objeto ilegal e ferir a licença de copyright?
     Pois é. Imagine mais de 110 milhões de pessoas nas cadeias.
     Visualizou? Se neste momento, em que nossos presídios estão superlotados, ainda com milhares de assassinos e corruptos à solta, imagine se levarmos nossas próprias leis ao pé da letra.
     Quem precisa mudar? O povo ou a Constituição?

terça-feira, 9 de março de 2010

Família ê, família á!

Por Laís Campelo

     Você já se deparou analisando a sua própria família, ou a família alheia?
     Os hábitos de cada um, o espaço que cada indivíduo possui, a colaboração e interesse mútuo entre pessoas tão diferentes, a influência da opinião familiar sobre as vidas particulares?
     Pois eu, nestas últimas semanas, tenho passado mais tempo com a família e aproveitado para observar muitos detalhes familiares, chegando a uma curiosa constatação: a incompatibilidade de gênios.
     A tendência é que os filhos ou as gerações mais novas procurem ser o oposto dos pais, queiram tornar-se algo diferente do que os pais aparentam ser para eles, e conquistar mais do que a geração passada esperava para sua própria vida, sem, no entanto, deixar de lado as características essenciais responsáveis pela forma, caráter e personalidade que adquiriram durante a vida e que os tornam parte desse todo, que é a unidade familiar.
     Exemplificando, quando os pais são extrovertidos e sociáveis, o filho é tímido e recluso. Quando os filhos são brincalhões, os pais são sérios e centrados.
     Obviamente, esta não é uma regra, há dezenas de exceções, mas é facilmente verificável por qualquer pessoa atenta.
     O interessante é que, no anseio de ser um indivíduo único no seio familiar, suas próprias características somam-se às dos outros parentes, e ele acaba por criar uma diversidade extraordinária e gigantesca dentro do grupo, dificilmente encontrada em qualquer outro lugar do mundo.

     Para ouvir lendo: Família – Titãs

terça-feira, 2 de março de 2010

Entre gatos, laquê, a realeza e a juventude

Por Laís Campelo

     A cidade de São Paulo sempre foi considerada um dos maiores e mais importantes centros culturais do país. Esse mês, no entanto, um fato curioso está prestes a ocorrer: quatro famosos musicais serão encenados na capital, avaliando a capacidade de comportar, simultaneamente, tantos e tais eventos.
     Pouquíssimas cidades brasileiras estão aptas a receber shows e peças teatrais de grande porte, pela sua falta de infra-estrutura. Veja que não é apenas sobre locais apropriados para o espetáculo de que estamos falando, mas também de patrocínio, hotéis, transportes e interesse público!
     Vindos diretamente da Broadway, a Meca dos musicais, as peças Hairspray, Cats, O Rei e Eu e O Despertar da Primavera foram cuidadosamente montados por seus diretores. Elenco escolhido a dedo, preço de ingressos ligeiramente mais baixos para atrair jovens, e até importações de fornos para secagem rápida de perucas e de tecidos tailandeses (respectivamente, para as peças Cats e O Rei e Eu).
     A soma do orçamento inicial de cada uma, incluindo os 200 artistas, atores, músicos e bailarinos e os 300 profissionais dos bastidores, resultaram em quase 20 milhões de reais.
     A seguir, as sinopses e informações sobre locais, ingressos e horários:

Hairspray


     No ano de 1962, Tracy Turnblad (Simone Gutierrez) é uma grande garota com um enorme penteado que tem duas paixões na vida: a dança e o Corny Collins Show, um programa musical da televisão que é a sensação do momento.
     Mesmo sendo um tanto gordinha para os padrões estéticos da época, ela prova o seu talento e conquista uma vaga fixa de dançarina no programa, tornando-se uma celebridade instantânea. A identificação do público com a garota é imediata e ela começa a ameaçar a hegemonia de Amber von Tussle, a estrela e filha da produtora do show. Para superar os preconceitos, ela conta com a ajudada mãe, a também fofinha Edna (excelentemente interpretada por Edson Celulari).
     A rivalidade entre Tracy e Amber fica ainda mais acirrada quando elas decidem disputar o mesmo garoto (Jonatas Faro). Ainda no elenco, as ótimas Arlete Salles e Daniele Winits.
     Onde: Teatro Bradesco – Bourbon Shopping / Perdizes
     www.ingressorapido.com.br

O Despertar da Primavera


     Melchior pertence a uma família onde o pai é um representante do poder. Violeta nasce no seio de uma família da classe média alta e recebe da mãe uma educação tradicional e religiosa. Ambos no “despertar da sexualidade”, apaixonam-se, amam-se, numa Primavera repleta de desejos, sonhos e fantasias.
     Outras histórias se cruzam com a destes adolescentes. Entre brincadeiras, estudo, tropelias e desabafos, sente-se o respirar da vida, mas também o peso da repressão, entre diálogos repletos de auto-descobertas e denúncias dos preconceitos e o conservadorismo das instituições e chefes de família, que prezam a todo o custo a sua imagem, do cinismo de uma religião castradora e hipócrita, e da inutilidade de uma educação, tão pouco atenta às suas dúvidas e anseios.
     À medida que a história se desenrola, o espectador é confrontado com questões como o abuso sexual, a violência doméstica, a gravidez na adolescência, a droga, a prostituição, as doenças sexualmente transmissíveis e o suicídio.
     No elenco: Letícia Collin, Pierre Baitelli Débora Olivieri e Carlos Gregório.
     Onde: ainda não foram divulgados local e datas.

O Rei e Eu


     A história se passa no Sião, atual Tailândia, em 1864. O Rei deste país (Tuca Andrada), tirano poderoso, carismático, machista e autoritário tem dezenas de esposas e mais de sessenta filhos. Para educá-los e ensinar-lhes inglês ele contrata uma professora inglesa, Anna (Claudia Netto). Charmosa e voluntariosa, Anna encara com muitas dificuldades este choque de culturas, mas tenta impor suas ideias em relação às mulheres, preconceito, escravidão, política e amor. Com o tempo o Rei e Anna acabam se envolvendo amorosamente, com muito humor e música.Baseada no romance Anna e o Rei do Sião (Margaret Landon).
     Onde: Teatro Alfa / Santo Amaro
     www.oreieeu.com.br

Cats


     Conta a história de uma noite especial na vida dos gatos do grupo Jellicle. Eles encontram-se no Jellicle Ball, onde seu líder sábio e benevolente, Old Deuteronomy, fará uma escolha e anunciará qual deles irá para um lugar especial chamado “Heavyside Layer”, onde poderá renascer para uma nova “vida Jellicle”. No elenco, Saulo Vasconcelos e Sara Sarres.
     O espetáculo conta também a trajetória da triste gata Grizabella (interpretada pela cantora Paula Lima). Embora seja uma Jellicle, o resto da tribo a evita. Ela abandonou os companheiros anos antes para explorar o mundo, e agora é maltratada por sua escolha. Toquinho foi o responsável pela tradução de famosas canções como ”Memory”.
     Curiosidade: O lançamento em Londres aconteceu em 1981, e na Broadway no ano seguinte, ficando ininterruptamente em cartaz até o ano de 2000.
     Onde: Teatro Abril / Bela Vista, até 30 de março.

     Lallie está especialmente ansiosa para assistir “Cats” e espera que os leitores também vejam os espetáculos e divulguem suas opiniões para nós, assim como mais opções de entretenimento no interior do Brasil e de SP.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Entrando nos trilhos

Por Laís Campelo


     Olimpíadas no Brasil chegando, Copa do Mundo em 2014...
     Juntamente com as festividades, veio a urgência do Governo em atender a antigas cobranças do povo, e melhorar a imagem do país emergente perante o resto do mundo; dentre elas, a aquisição de transportes adequados tanto ao bolso, quanto ao perfil do cidadão brasileiro.
     Para solucionar a crise dos transportes em massa, as 12 cidades-sede encomendaram o VLT (veículo leve sobre trilhos), que desde Dezembro de 2009 trafega no sertão cearense, sendo conhecido por lá como o “Metrô do Cariri”.
     Os benefícios são múltiplos, e o custo, viável.
     1) UM VLT sai pela metade do preço de um metrô e é mais fácil de se instalar;
     2) Comporta aproximadamente 270 passageiros – ou 4 vezes a capacidade de um ônibus;
     3) A energia consumida é equivalente a 10% da gasta por um carro;
     4) Os ruídos emitidos são 75% menores que em automóveis;
     5) Os modelos a diesel poluem 93% menos que os ônibus
     6) Já os elétricos, como os tróleibus da Grande São Paulo, Santos ou Brasília, não são poluentes;
     7) Em regiões que já possuem sua rede ferroviária, como é o caso do Nordeste e do litoral paulista, os comboios poderão utilizar as mesmas linhas, pois estas são geralmente abandonadas e inutilizadas.
     8) A empresa cearense Bom Sinal produz VLTs nacionais 40% mais baratos que os importados. Por dentro, um ônibus urbano. Por fora, um metrô europeu.
     Centenas de veículos já foram encomendados para interligar estádios a aeroportos e outros pontos turísticos importantes de dezenas de cidades além daquelas sede da Copa. A eficiência é comprovada, nos resta verificar a eficiência do Estado.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Nada Pessoal...

Por Laís Campelo

     Semana passada, ouvi no noticiário da Rádio Oi Fm, 94,1 MHz, que a cantora norte-americana Katy Perry, tendo participado recentemente do corpo de jurados do famoso programa American Idol, fez a seguinte afirmação:
     "Se me oferecessem um trabalho permanente lá, eu largaria a música e corria pra lá!"
     Classificação: QUESTIONÁVEL.
     O que levou essa cidadã a escolher a atual carreira? Fortuna, fama e glória? Ou, no caso dela, ocasiões únicas para faturar com suas polêmicas?! O motivo inicial acaba não vindo ao caso, mas o intrigante é a maneira como Katy tratou seu emprego. Sem demonstrar um pingo de amor ao que faz, ela declarou, na primeira oportunidade, o desapego ao próprio trabalho, o desinteresse no que ela mesma produz!
     Dependendo da quantia de dinheiro oferecida pelo programa, Katy poria em xeque sua estrada no mundo da música.
     O que me leva a pensar: Onde os conselhos que ouvimos desde cedo, como ‘Faça o que ama’, ‘Busque o que te dê prazer’ ou ‘Dinheiro não é tudo’, se encaixam nisso? Esse não é, realmente, um exemplo a ser seguido, e sim uma declaração a ser esquecida. Para piorar a situação, Katy ainda diz:
     “Foi o trabalho mais divertido que já fiz, seria jurada pra sempre. Achei tudo muito fácil e consegui falar a verdade sem fazer nenhum participante chorar.”
     Considerar o trabalho sem muitas dificuldades, com certeza, não é uma justificativa plausível. Quem sabe o que quer, planeja suas metas, define objetivos, os alcança e mantém apesar de qualquer obstáculo ou dificuldade que, por ventura, possam surgir.

     Pequeno PS: Adoro Katy Perry, mas às vezes escuto cada uma...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A Maldição da Tecnologia

Por Laís Campelo


     Plena quinta-feira, fim de expediente, há falta de energia.
     Esse é o início de um caos genérico: tudo pára, o trabalho no computador, que estava próximo ao término, é perdido totalmente. Sem luz, televisão, videogame, microondas e uma infinidade de aparelhos eletrônicos em casa e no serviço, as pessoas não sabem o que fazer, ficam imobilizadas, com uma sensação de impotência diante dos acontecimentos.
     Tais instrumentos, atualmente, parecem fazer parte de nós, como uma extensão do corpo humano. É simplesmente impensável para algumas pessoas um dia sem o celular e seus contatos, o Twitter e suas notícias, o Orkut e suas fofocas, o Formspring e suas curiosidades, o MSN e o email.
     Atualmente, mais de 56 milhões de brasileiros tem acesso à Internet, que permite o conhecimento, aprendizado, cultura, contato entre pessoas distantes, além de outros incontáveis benefícios. Porém, é necessário saber como utilizar o computador, pois ele pode trazer males, por vezes irreparáveis, pelo manuseio errado do aparelho e seu conteúdo.
     É muito comum pessoas serem roubadas, sequestradas ou violadas de alguma forma por deixar vazar informações pessoais na Internet ou adquirir produtos em sites não confiáveis. A divulgação em público de dados como a foto na escola das crianças, os lugares que frequenta, seus hábitos e seu dia-a-dia podem, facilmente, torná-lo alvo para pessoas de má fé, além dos vírus introduzidos, que podem ‘roubar’ suas senhas de bancos e outras contas importantes. Por essas e outras, há quem diga que a tecnologia trouxe mais desgraça ao planeta, mas ao mesmo passo que ela nos traz pontos ruins, traz pontos bons e vantajosos, e esse lado não deve, de modo algum, ser desmerecido.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A supervalorização do silêncio

Por Laís Campelo

     Boa tarde, seguidores do Abra Aspas!
     Primeiramente, queria agradecê-los pela boa recepção e crítica ao meu primeiro post! Desde então, tenho pensado em milhares de novos assuntos para abordar nessa coluna que me pertence, e, ao tentar transcrever meus pensamentos para o papel (ou tela, no caso), me deparei com uma questão que vem tomando enorme proporção nos últimos tempos. E (por que não?) o nosso próprio tempo.
     O barulho na cidade parece ter se tornado parte essencial e inseparável dela. Por sua vez, os moradores, impassíveis de contê-lo, parecem ter se acostumado a ele. É o trânsito na rua, o canil na casa do vizinho, o bar/balada do momento que abriu no seu bairro, a reforma que nunca termina, o chefe gritando, aquele carro-propaganda com um alto falante em cima, impossível de não escutar, rondando quarteirão por quarteirão...
     Eu, por exemplo, tenho como vizinhos da frente uma Igreja que faz questão de colocar os alto-falantes na porta, cantar e gritar com todas as suas forças toda manhã, tarde e noite, inclusive nos fins-de-semana. E ao lado da tal Igreja, uma família muito sem-noção que adora uma rave no quintal, passando por funk, pagode, samba, sertanejo, tecnobrega, rap, psytrance, e assim vai... (principalmente nos dias em que preciso fazer um trabalho importante, estudar, ou simplesmente descansar na véspera de um vestibular). É, amigos. Paciência é uma virtude. Rara e escassa virtude, aliás.
     Todos têm ao menos um motivo de desconcentração diária, tanto no trabalho, quanto em casa. E todos tentam, durante suas férias, procurar o oposto de sua realidade: lugares calmos, tranqüilos, silenciosos. Chegam a gastar fortunas para se refugiar da loucura atual da sociedade, buscando spas, campings, pousadas, até o fim do mundo, se preciso for. Algo que deveria ser um direito pessoal obrigatório de cada um, de não ter seu espaço interferido pelo desrespeito alheio, tornou-se um valor esquecido e sem importância. Sem importância para os que desrespeitam, é claro. O silêncio é, hoje, um valor inestimável.
     Logicamente, em alguns casos, os ruídos são inevitáveis e nada mais do que sinais audíveis dos progressos na cidade, construções, reparos, consertos e melhorias. Quando interrompidos, a própria população saberá que os benefícios poderão ser usufruídos a qualquer momento.
     O direito de um acaba onde o do outro começa, e, sendo assim, os casos restantes não se justificam. Se um homem quer festejar na sua residência, por exemplo, obviamente ele possui esse direito. Mas o vizinho do homem, que gostaria apenas de descansar com a família no seu dia de folga, não é obrigado a compartilhar a algazarra e ter a terrível sensação de privacidade invadida e perda do direito de decidir o rumo da própria vida.
     Sempre esperando fazê-los refletir sobre os mais diversos assuntos e acrescentar algo, por menor que seja, às suas vidas, encerro a coluna por hoje, queridos leitores. Dividam seus pontos de vista comigo pelos comentários, e contem suas próprias experiências sobre o tema!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Campus Party 2010

Por Laís Campelo


     Teve início ontem um dos maiores e mais aguardados eventos do ano na esfera tecnológica. O Campus Party Brasil 2010 atrai milhares de pessoas, ao Centro de Exposições Imigrante, localizado na zona sul da cidade de São Paulo, muitas delas dispostas a se acampar no local (as chamadas "campuseiras").
     O evento é um exemplo de interatividade e cultura no país, com a possibilidade de ser acompanhado minuto a minuto pela internet através de seus visitantes, participantes e organizadores, principalmente pelas redes sociais como o Twitter e pela TV Campus Party.
     Com a duração de uma semana, os participantes prometem virar as noites com a programação 24 horas, divididos entre workshops, oficinas, palestras, debates e grupos de discussão sobre os mais diversos assuntos, abrangendo desde música, cinema, robótica, fotografia, eletrônica, computação gráfica, redes sociais, vídeo, segurança na rede, games e torneios, e até política.
     Pessoas de todas reas e idades comparecem ao evento a fim de acompanhar tendências mundiais, reciclar-se, aprender com as inovações e exposições, além de poder compartilhar o conhecimento com cientistas, professores, estudantes, artistas, jornalistas, empresários, e todo tipo de gente interessada nos temas abordados.
     As edições passadas contaram com convidados como Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, e Stephen Hawking, famoso físico britânico. Neste ano, a atração principal certamente será o Jovem Nerd, ganhador do VMB de Melhor Blog em 2009, e confesso que eu mesma sou assídua ouvinte do nerdcast de sexta-feira, leitora quase semanal do Festival de Legendas, e recomendo (Confira aqui).
     O local está dividido em duas grandes áreas:
     Arena, Lazer e Serviços - onde as atividades programadas são realizadas;
     Praça de Alimentação, Expo e Campus Futuro - uma espécie de museu interativo voltado aos curiosos de plantão.
     Por sua vez, estas duas áreas foram repartidas em 4 “zonas de conhecimento”. São elas: Ciência, Entretenimento Digital, Criatividade e Inovação. O espaço conta, ainda, com infra-estrutura completa para atender as necesidades tanto dos visitantes, quanto dos campuseiros, que terão sua estadia garantida até dia 31, último dia do evento.
     Para mais informações, acesse ao site oficial do Campus Party 2010.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A primeira vez e seu mistério

Por Laís Campelo

     Olá pessoas! Meu nome é Laís, popularmente conhecida como Lallie, e essa é a minha primeira vez escrevendo para um blog, estou animada! Bom, para começar, sou uma adolescente comum, recém-formada no Ensino Médio, e como tantas outras pessoas, à procura do primeiro emprego.
     ‘Não deve ser tão difícil’, pensava cá com meus botões em uma época ao mesmo tempo próxima e distante, mas quando as responsabilidades batem à porta e definem-se como visitantes perpétuos, a sensação é apavorante. E é aqui que percebemos as escolhas erradas (ou não) de nossas curtas vidas.

     Passo nº 1: Como montar um currículo?
     Quem fez um colégio técnico, aqui, sai na frente. Já quem decidiu pela escola regular, precisa ter alguns cursos que o qualifique para o cargo escolhido, seja qual for. Do you speak English? Por favor, não responda ‘So, so’, muito menos ‘More or less’. Seria um mau, mau começo.
     Sabe escrever? Noções informáticas? Alguma experiência ou curso que te destaque na função pretendida? Ou você nem pensou no cargo, o que aparecer primeiro, serve?
     Fato: Todos têm dom para algo nessa vida. Descubra, reconheça e valorize seus talentos.

     Passo nº 2: Currículo pronto. Para onde mandar?
    Coragem, eu ainda estou nesta fase. Os mais velhos provavelmente dirão: ‘Procure empresas, multinacionais, o trabalho no escritório será valioso para entender a vida social corporativa, o trato e respeito a diferentes tipos de pessoas, até certa disciplina para seguir a hereditariedade e as regras do local’.
     Se você já souber a área na qual pretende atuar, pesquise na sua cidade e envie os currículos.
     Especialistas aconselham a evitar empresas voltadas ao mercado externo, devido à crise que ainda persiste. Portanto, melhor nem pensar nelas!
     Conselho unânime: Não queira trabalhar em lojas de shoppings. Você nos agradecerá mais tarde.
     O que importa, aqui, é adquirir experiência. Tudo bem se não for o campo que você gostaria, pois esse emprego não será eterno.

     Passo nº 3: Arranjei o emprego. E agora?
     Simples! Disposição para aprender, pró-atividade, pontualidade, ser bem relacionado (tanto com os clientes, quanto com o chefe), respeito, ética e simpatia, que não faz mal a ninguém. Tudo isso conta para você ser efetivado ou, pelo menos, ter alguém para dizer: APROVADO! E indicar para seu próximo emprego...

     Boa sorte!