quinta-feira, 25 de março de 2010

Criatividade em ERROR

Por Marília Fittipaldi

     Olá leitores.
     Primeiramente venho agradecer a todos que têm comentado e dado sua nota nos meus post’s, saibam que isso é muito importante pra quem ta aqui escrevendo. Por vezes a falta de comentários e participação de vocês, dá uma desanimada (comentei isso com a minha mãe e até ela veio comentar); na sequência, aproveito o ensejo para pedir minhas sinceras desculpas por não ter escrito na quinta-feira passada, e posso dizer que o tema de hoje é a minha justificativa.
     Fora o leve desânimo já dito, existe algo que compositores, artistas plásticos, cineastas, escritores, teatrólogos e “artistas em geral” chamam de bloqueio de ideias, é quando o processo de criação fica difícil. É claro que ninguém passa as 24 horas de seu dia criando, e nem há disposição para isso; mas ainda assim muita gente com certeza já deve ter parado para fazer algo e travado. Stop. Você fica sem saber por onde começar, sobre o que falar, como fazer, como abordar. Neste nosso período - já dito como pós-internet, pois todo o conjunto comunicativo mundial é a revolução total - as coisas ficaram mais difíceis, pensa-se que tudo já foi falado, já foi contado, todos já sabem tudo antes do que você possa contar-lhes. Minha esperança veio ao ler na Revista da Cultura, 26ª edição, Edith Derdyk, artista plástica, dizendo que: “Se tudo já foi feito, escrito, retratado, ‘como’ foi feito, ‘como’ foi retratado? As histórias podem ser sempre as mesmas, o que diferencia é o ‘como’ elas são contadas, ou recontadas.” Isso anima qualquer colunistazinho, e já ouvi professores explicarem que quando um jornal já está em fase de impressão e um novo fato ocorre, seu papel é contar a noticia no dia seguinte, mas focalizando os efeitos daquilo; não importa se o furo já foi dado.
     Na mesma revista, no parágrafo seguinte, fui desmascarado por Marcelino Freire, escritor e vencedor do Prêmio Jabuti 2006: “A possível ‘paralisia’ tem mais a ver com a alma - na hora que encalha, teima, silencia: na hora que não encontra expressão, o grito certeiro na goela.”, e pelo cineasta Ugo Gioretti: “O sem-número de informações que nos chegam não atrapalham porque são, em número esmagador, falsas informações, quando não perfeitas idiotices.”.
     Pois bem, depois de me sentir extremamente culpada, penso que só me restam novas desculpas; a recomendação de histórias sobre estas crises de criatividade, como o filme Adaptação, de Spike Jonze, com atores como Nicolas Cage, Meryl Streep e Chris Cooper, Janela Secreta de David Koepp, com o glorioso Johnny Depp no papel principal e John Turturro, e o clássico 8 e ½ de Frederico Fellini, com trilha de Nino Rota e Guido Anselmi no papel principal; e o conselho, que me serviu bem e que pode servir para quem também enfrenta dificuldades em entrega de prazos, onde o produto final precisa surgir da criatividade: deixe fluir, o processo de criação não deve ser maçante; como diz Marcelino, vá tomar uma “Quando estanco, vou à cerveja, vou encontrar os amigos e, entre um gole e outro, uma frase vem, distraída. Aí, eu guardo a frase no juízo. Volto pra casa e ao texto e, na maioria das vezes,a coisa se oxigena, caminha naturalmente.”. E ai, alguém a fim de procurar o boteco mais próximo pra minha próxima quinta-feira?!

Um comentário:

Paulo disse...

é vida de branco é dificil, acabei ficando sem tempo para comentar neste blog, consegui hoje uns 15minutos de descanso pra refrescar a mente.

e parabens Lila eu em varios dias da minha vida, dependo da criatividade e em algumas circunstancias ela falta, bom nunca tentei essa coisa de ir em um buteco respirar, talvez em uma proxima vez possa tentar, continue com seus post, mesmo que nao tenha tanta criatividade, muitos assuntos aqui acabam sendo sobre materias de outros sites entao voce consegue. continue assim parabens.

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