quinta-feira, 11 de março de 2010

Oscar, direto da Academia Internacional de Cinema

Por Marília Fittipaldi

     Bom dia queridos leitores!
     Hoje abro meu espaço pra um grande amigo fazer um post mais do que válido nessa semana. Fernando de Lucca Martins estuda na Academia Internacional de Cinema, em São Paulo, e munido de um amor louco por filmes e pelo tema em geral, já tem, no primeiro ano de faculdade, bagagem para fazer esta postagem mais do que especial sobre o grande prêmio do cinema, O Oscar.
     “O Oscar desse ano foi ótimo por três motivos. Primeiro: todos os vencedores mereceram seus prêmios. Segundo: pela primeira vez em muitos anos, não me pareceu manjado. E terceiro: mesmo se todos os vencedores tivessem sido horríveis, só a cerimônia em si valeu a pena. Foi linda e bem-produzida, tanto na apresentação quanto na edição. A 82° Cerimônia dos Academy Awards foi uma das melhores que já assisti! Gostaria de estar escrevendo um texto mais detalhado, mas estou no momento “correndo pela minha vida” no curso de cinema. Vamos aos comentários de cada vencedor dos prêmios mais importantes:


MELHOR FILME, MELHOR EDIÇÃO E MIXAGEM DE SOM, MELHOR ROTEIRO, MELHOR EDIÇÃO
Vencedor: “The Hurt Locker”, de Kathryn Bigelow
     “The Hurt Locker” é um filme de adrenalina do começo ao fim. Uma produção excelente, direção melhor ainda. Normalmente, em Hollywood, é difícil um filme de guerra não agradar (temos esse exemplo desde “The Schindler’s List”, “Pearl Harbor” e “Saving Private Ryan”, quanto aos mais recentes “The Kingdom e “The Hurt Locker”). Fora que a sonografia desse filme foi excelente, a mixagem e edição de som foram literalmente estouros. Não é à toa que tenha ganhado esses prêmios. Quanto à vitória de Melhor Roteiro Original, como o Oscar avalia para esse prêmio a história que foi mais bem contada, foi merecido, pois se manteve aos limites sem extrapolar com “informações e enredos desnecessários”.
     Claro, minha preferência era para “Avatar”, pois simplesmente amei esse filme. Mas “The Hurt Locker” mereceu tudo que ganhou.

MELHOR DIRETOR
Vencedor: Kathryn Bigelow, por “The Hurt Locker”
     É muito difícil um filme vencer Melhor Filme e seu diretor não ganhar também. E não foi diferente dessa vez.
     Como já disse, minha preferência era pra James Cameron (“Avatar”), por ser o responsável por dar o próximo passo em cinema com as inovações que fez para o filme. Mas Bigelow (que é ex-mulher de Cameron) dirigiu seu filme lindamente, fora que sua vitória foi ótima para entrar para a história como a primeira diretora mulher a ganhar o prêmio de Melhor Direção.

MELHOR ATOR
Vencedor: Jeff Bridges, por “Crazy Heart”
     Por vezes o Jeff Bridges não inova muito a cada papel que faz (sempre com a mesma cara, com o mesmo jeito). Mas ele estava bem em “Crazy Heart”, e mesmo que eu ache que sua co-protagonista Maggie Gyllenhaal (nomeada à Melhor Atriz) tenha roubado a cena, foi um prêmio merecido e já previsível.

MELHOR ATRIZ
Vencedor: Sandra Bullock, por “The Blind Side”
     É até irônico uma atriz ganhar, na mesma semana, um Oscar por Melhor Atriz e um Golden Raspberry por Pior Atriz (por filmes diferentes, é claro). O discurso dela foi verdadeiro e apaixonante, assim como ela em quase todos os papéis que faz. Merecido!
     Agora, eu já preferiria Meryl Streep, que não só é minha atriz preferida de todos os tempos, como também não tenho nem palavras para demonstrar o quanto sua atuação em “Julie & Julia” foi linda! Espetacular, fantástica! Todas as outras nomeadas são excelentes também (Helen Mirren, Gabourey Sidibe e Carey Mulligan). O prêmio mais difícil da noite.

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Vencedor: Christoph Waltz, por “Inglourious Basterds”
     Atuou lindamente no filme, fazendo o público passar raiva e medo de sua loucura ao mesmo tempo.
     Mesmo eu torcendo fervorosamente por Stanley Tucci, cuja atuação em “The Lovely Bones” foi uma sensação, Waltz seria a segunda opção. Fora que já era previsível sua vitória.

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Vencedor: Mo’Nique, por “Precious”
     Também previsível, mas merecido. A gente chora com ela, odeia com ela, sofre com ela... Atuação de primeira, e os discursos dela sempre parecem reais, sem drama exagerado.
     O segundo prêmio mais difícil da noite, pois todas as outras nomeadas também eram ótimas: Penélope Cruz; Anna Kendrick e Vera Farmiga, ambas do mesmo filme, roubando a cena de George Clooney; e Maggie Gyllenhaal, que como já disse antes, foi ótima em “Crazy Heart”.

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Vencedor: “Precious”, por Geoffrey Fletcher
     Sim, o roteiro foi bem adaptado para o cinema. Mas o material bruto (o livro que foi adaptado, no caso), na minha opinião, é vulgar e apelativo, e eu não recomendo. Mas, ao passar para o cinema, permaneceu forte e intenso, mas um pouco menos que o livro. Sim, foi bem adaptado.

MELHOR FILME ANIMADO E MELHOR TRILHA SONORA
Vencedor: “Up”, de Pete Docter
     Pixar é Pixar. Dificilmente será vencida. “Coraline” é lindo e “Fantastic Mr. Fox” é legal, mas “Up” é melhor. Lindo e emocionante, trilha sonora que condiz com tudo isso.

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Vencedor: “El Secreto de sus Ojos”, de Juan José Campanella
     Infelizmente, não pude assistir nenhum dos nomeados, então não tenho voz aqui.

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
Vencedor: “The Weary Kind”, de “Crazy Heart”, por Ryan Bingham
     Música bonitinha, mas nada comparado à explosão que é “Take it All”, de “Nine”, cantado por Marion Cotillard. Devia ter ganho!

MELHOR FOTOGRAFIA, MELHOR DIREÇÃO DE ARTE, MELHORES EFEITOS ESPECIAIS
Vencedor: “Avatar”, de James Cameron
     “Avatar” ganhou todos os prêmios que merecia. Tudo que é técnico, esse filme devia ganhar por inovar em todos os campos do cinema (aparelhos novos foram desenvolvidos só pras filmagens). É um filme lindo, com um visual maravilhoso. Os efeitos especiais realmente foram os melhores, a fotografia foi espetacular e a direção de arte foi sólida, sendo que só foi avaliado para esse campo as estações militares. Bom. Como eu já disse, ganhou os prêmios que merecia.

MELHOR MAQUIAGEM
Vencedor: “Star Trek”, por Barney Burman, Mindy Hall and Joel Harlow
     De todos os nomeados, foi o que mais se destacou, pois envolveu caracterizações, etc. Diferente e única, foi muito bom mesmo.

MELHOR FIGURINO
Vencedor: “The Young Victoria”, por Sandy Powell
     Eu preferia “The Imaginarium of Dr. Parnassus”, tem um figurino muito lindo. Mas como Oscar, para essa categoria, avalia coisas de época principalmente, “The Young Victoria” realmente foi a melhor.

     Isso foi o que achei do Oscar. Uma visão bem, bem, bem resumida Aguardem, pois tem mais prêmios vindo por aí, e se convidado, prometo que capricharei muito mais. Obrigado, até sempre!”
     Espero que tenham gostado. A opinião de meus leitores é o mais importante, e se a avaliação for positiva, contem com o Fê para outras postagens cinéfilas.

Um comentário:

renatafitti disse...

Muito bom mesmo!!!
Saudades Fernando!
Parabéns a vcs!
Bjs

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