segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O Grande Vilão do Carnaval: O Beijo!

Por Letícia Ribeiro


     Em plena segunda feira de Carnaval, muita folia, dança, bebedeira, beijo na boca, desfile das escolas de samba, entre muitas outras diversões, é que ocorre o maior índice de doenças transmissíveis.
     Espero que estejam aproveitando bem esse Carnaval de 2010, seja para aqueles que gostam, ou para os que não suportam. Já dizia o conhecido refrão da musica da cantora baiana Claudia Leite: “Eu quero mais é beijar na boca”, este se tornou o hino dos carnavalescos que fazem fielmente segundo o que diz a música, e que muitas das vezes acabam se esquecendo dos perigos que o beijo e outras relações podem causar.
     Convém dizer que beijar é muito bom, ainda mais porque movimenta 29 músculos e queima 12 calorias. Mas em apenas um beijo, duas pessoas trocam em média 250 bactérias. Isso gera dúvidas no que pode ou não, ser transmitido em um beijo na boca.

     PODE TRANSMITIR

     Gripe suína
     Não é porque os casos de H1N1 estão menos frequentes que a doença desapareceu. O vírus da gripe mais temida em 2009 ainda está por aí, fazendo novos casos. E se a transmissão pode ocorrer por meio de um espirro, imagine do que um beijo não é capaz. De acordo com os médicos, o beijo é uma maneira extremamente eficaz de contaminação. Os sintomas da doença são semelhantes aos de uma gripe comum, com febre, tosse, coriza e dores de cabeça e no corpo. Portanto, o ideal é ficar atento.

     Meningite
     De acordo com um estudo realizado por médicos australianos, beijar na boca de múltiplos parceiros aumenta em quatro vezes a chance de pegar meningite meningocócica. A definição de “múltiplos” para os pesquisadores é de sete pessoas em duas semanas. A conta parece até pequena para quem observa a “pegação” do carnaval de Salvador. A transmissão da meningite preocupa os médicos, já que a doença tem uma evolução rápida e pode ser fatal. Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça, vômitos, diarréia e rigidez dos músculos da nuca, ombros e costas.

     Mononucleose
     Não é preciso dizer qual a principal forma de contaminação da chamada “doença do beijo”. Como nem sempre a pessoa sabe que tem o vírus Epstein-Barr, já que a mononucleose pode ser assintomática, ela acaba transmitindo a doença a outras pessoas. Nos casos em que há sintomas, os principais são fadiga, dor de garganta, tosse e inchaço dos gânglios. Vale lembrar que o vírus pode ficar incubado de 30 a 45 dias no organismo e não tem cura – a pessoa vai carregá-lo para o resto da vida.

     Herpes
     Mesmo que no momento do beijo o parceiro não tenha nenhum indício do problema, ele pode ter o vírus causador da doença e transmiti-lo. Depois do contágio, não há cura e a pessoa passa a conviver com o herpes, que pode se manifestar anos mais tarde, geralmente durante fases em que estiver com a imunidade baixa. O herpes pode aparecer como um machucado na boca ou até mesmo em outras partes do corpo.

     Cárie
     Se você não dá a devida atenção à higiene bucal, pode pegar – e transmitir – cárie através do beijo. Para evitar pegar a bactéria alheia, capriche na escovação e não abra mão do fio dental diariamente, assim você fortalece a sua imunidade bucal e as bactérias não encontrarão um ambiente propício ao desenvolvimento. Dentistas também recomendam atenção: observe se a pessoa tem todos os dentes ou se eles estão amarelados e/ou escurecidos. Se uma das repostas for sim, faça a fila andar e chame o próximo.

     Sífilis
     A sífilis pode ser transmitida pelo beijo, se a outra pessoa estiver contaminada e tiver alguma ferida na boca. A forma mais comum de contágio, no entanto, é a sexual. A doença é causada por uma bactéria chamada treponema pallidum e pode aparecer em diferentes partes do corpo e levar até uma semana após o contágio para aparecer.

     NÃO PEGA

     Aids
     Não existe nenhum caso registrado na literatura médica de contágio pelo beijo. Suor, lágrimas, usar o mesmo sabonete, talher ou copo também não transmitem aids. No entanto, não deixe de usar camisinha se decidir ir além dos beijos e carícias. Não se esqueça que existem mais de 474 mil pessoas contaminadas pelo vírus no País, segundo Ministério da Saúde.

     Hepatite C
     As associações médicas internacionais não consideram o beijo como uma forma de transmissão da doença, assim como o Ministério da Saúde do País. É possível pegar hepatite tendo contato com o sangue contaminado ou em relações sexuais sem o uso da camisinha. A hepatite C é causada pelo vírus HCV e, em geral, os sintomas levam até 10 anos para se manifestar. Muitas pessoas descobrem que têm a doença ao realizar um exame de sangue de rotina.

     Após, essas dúvidas espero que vocês possam aproveitar esse restinho de Carnaval, tendo consciência dos males do beijo e de caricias mais pesadas. Deve se beijar na boca, ter sensações agradáveis, mas nunca se esquecendo da prevenção e valendo-se da importância de se aproveitar e cuidar da sua própria saúde. Até a semana que vem!

     Baseado no site: www.delas.com.br

Um comentário:

Xila disse...

Legall Lehh

Teremos que nos contentar com apenas uma a cada 2 dias xD

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