domingo, 10 de janeiro de 2010

O vai-e-vem do futebol

Por João Victor

     Olá, caros leitores e principalmente amantes do futebol!
     A partir de hoje, estarei escrevendo sobre o futebol brasileiro e mundial, em minha primeira postagem deixarei apresentações formais de lado e através de meus artigos vocês acabarão me conhecendo melhor.
     Mais um ano se encerra. Festas, mesas fartas, fogos e férias. É, mais um ano chegou ao fim e com ele a temporada brasileira de futebol termina. Como todos sabem, depois de um campeonato emocionante e decepcionante para os clubes brasileiros, o Flamengo depois de um jejum de 17 anos conquista o hexa campeonato brasileiro e se iguala ao São Paulo.
     Final de ano, a famosa e temida janela de transferências está aberta. Muitos clubes aproveitam esta chance para reformular o seu elenco e torná-lo mais forte para temporada que está para se iniciar, porém é nesse vai-e-vem que muitos times perdem jogadores para clubes do exterior.
     É o Mercado da Bola, jogadores entram e saem. Segundo boletim divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) os clubes brasileiros transferiram para o exterior o número recorde de 960 jogadores entre janeiro e o começo de outubro do ano passado. O número é ligeiramente inferior ao total de transferências dos últimos anos – 1.176 jogadores em 2008, e 1.085 em 2007 – e supera com folga os 851 jogadores transferidos em 2006.
     A questão é: porque tanto assédio com os nossos jogadores? Por que os atletas brasileiros possuem uma grande obsessão por jogar no exterior? E porque a CBF não veta a quantia de jogadores a serem exportados?
     Grande parte das estrelas brasileiras que vemos hoje bem sucedidas sofreram para chegar onde estão, muitos são provenientes de periferias e chegaram até a passar fome e frio. Atualmente, a iniciativa do governo em promover jovens atletas em futuras estrelas é muito pequena. Por isso, desde cedo, o menino que sonha ter uma carreira profissional terá de lutar e abrir mão de outros sonhos, muitas vezes, até do ensino.
     Após uma longa e dura batalha na vida, quando o jovem atleta chega a um clube de pequeno porte, terá cada vez mais trabalho para se firmar no ramo futebolístico. Enfim, quando esse destaque se torna possível, o que acontece com a grande minoria, o garoto consegue alcançar um time que dispute campeonatos de alto nível.
     Pronto, um novo atleta acaba de se formar. É onde nasce o termo “fábrica de jogadores” depois de um caminho árduo, suado e pesado a pequena criança se torna um grande jogador.
     Para muitos desses jovens que almejam o sucesso, a solução é os times do exterior aonde possuíram um melhor salário e condição de vida. E o que acontece? Justamente isto, não com todos, mas sim com os melhores recém-atletas brasileiros que os clubes europeus, asiáticos e árabes iniciam o assédio de seu poder econômico. O que ocorre pelas altas dívidas que a maioria dos clubes brasileiros possui.
     Porém são nesses sonhos que estão os maiores perigos, muitos com pouca maturidade deixam tudo para trás em busca de seu objetivo onde podem até ser enganados por falsos empresários, perdendo tudo o que lhes tinha.
     Outros até chegam a ser exportados, mas começam a jogar em times pequenos e caem no esquecimento. Ou pelo contrário, Adriano, jogador que chegou a vestir a camisa da seleção brasileira, jogava pelo clube italiano Internazionale de Milão, porém chegou a entrar em depressão, e após retornar ao Brasil, conquistou o hexacampeonato com o Flamengo e reencontrou a felicidade.
     A CBF, hoje, busca formas para conter a alta emigração brasileira, mas é difícil de ser contida pela lei que está em vigor, que foi concedida graças aquele que chamamos de “Rei”. Segundo a Lei Pelé, todo jogador tem o direito de possuir passe livre após a rescisão contratual com o seu clube de origem, ou seja, isso lhes dá total liberdade para decidir o seu futuro profissional independente do clube que este pertencia, a lei está em vigor desde 26 de março de 2001.
     Vale lembrar que, muitos jogadores obtiveram êxito em sua carreira longe da nação verde e amarela, como Kaká, atualmente jogador do Real Madrid. Entretanto, são poucos os que são beneficiados de forma expressiva e conquistam grande mérito fora de sua terra natal.
     Enfim, somos cada vez mais prejudicados e conseqüentemente mais uma vez somos objeto de “exploração” o que vem acontecendo de os primórdios de nossa civilização. Sem o mínimo esforço os clubes europeus nos tiram os melhores jogadores e os fazem grandes estrelas ou destroem a vida pessoal deles. Agora, o que devemos fazer para mudar isso? Nós, pelo menos temos que ter a honra de jogar em nosso país porque ele não é uma “fábrica de jogadores”, mas sim o “país do futebol” o maior campeão do mundo!
     Espero que todos tenham gostado, e tenham um ótimo início de temporada para o seu time.

4 comentários:

Is Farinazzo disse...

Gostei muito da coluna Jãaao!
Tá de parabéns!
E o ponto que voce abordou, é muito verdadeiro e preocupante ;x
Espero a próxima xD
Beijinhos :*

João Luis disse...

Talvez grande diferencial dos clubes europeus esteja na sua organização.
Enquanto no Brasil acreditamos ser uma fábrica de talentos na Europa cremos estar nossos consumidores.
Engraçado, mas acho que isso já é cultural. A pouco mais de 200 anos atrás embarcávamos toneladas de ouro para a enriquecer a Europa. Transforme em ouro hoje o equivalente as negociações no futebol, não deve mudar muito.
A CBF deveria no mínimo impedir que nossos craques abandonassem seus times no meio do campeonato.

Bruno XD ' disse...

Oia lá o jãaao mano !
escreveu certinho mlk ! tomara que mude isso :D
Brasil é Brasil, 5 vezes é pra poucos ! (:

Mateus Martins disse...

João realmente!

Hoje em dia, os clubes não são donos de seus jogadores, tudo fica por conta de empresários e parcerias. Eu acho que isso tira um pouco a graça do esporte.

Boas colocações na coluna. Parabéns!

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